Lores - 2024/2

Sejam bem vindos à fase de votação do Concurso de Lore do segundo semestre de 2024!

O caos gerado nos arquivos da Academia pela nova sede já foi aquietado, e finalmente poderemos coroar a melhor história desse conjunto! Prepare uma bebida, uma cadeira confortável, e deleite-se com as escritas de seus colegas; ao final, acesse o Forms e vote na sua favorita!


Nome do Jogador: Augusto Eduardo
Nome do Deck: Boi Manso
Estilo do Deck: Rakdos Minotauros

Angrath, Capitão do Caos

Angrath, um ser de crueldade inigualável foi aprisionado pela eternidade em inflamáveis correntes de um material que nem mesmo ele poderia sequer marcar com seus chifres, ou mesmo esfriá-lo. Ele vive atormentado pela constante inquietude de um animal enjaulado pela eternidade, guardando dentro de si um enorme desejo de vingança. O cheiro da lava queimando sua pele, as almas que por ele foram condenadas a eternidade de sofrimento o transformaram em um ser ainda mais louco pela morte da humanidade.

A identidade do responsável por aprisionar o capitão do caos nunca fora revelada, a fonte de todo o seu ódio é um segredo guardado com efervescer das correntes em seus punhos. O Minotauro mais temido da sua espécie, costumava atacar selvagemente as cidades costeiras do Império do Sol, sua agressividade é apoiada pela sua própria tripulação, visto que é o temor de todos aqueles que já chegaram a olhar em seus olhos inebriantes.

Seus fiéis seguidores o acompanharam em sua interminável batalha efervescente contra o mundo. O capitão com seu exército aniquilou inúmeras vilas, que sucumbiram ao sangue e o fogo, ruínas contam histórias de arrepiar até as carecas dos humanos. Seus feitos se tornaram lendas contadas por pessoas bêbadas em bares, todos não temem mais a sua volta, o erro do humano é pensar que é poderoso o suficiente. Alguns de seus fiéis seguem seu legado e ainda profetizam sua volta à guerra quente:

“Como um animal, o Capitão Angrath prefere o caos aos tesouros. Se não puder sair de Ixalan, ele queimará o plano inteiro.”

Seu aprisionador não poderia imaginar, que o manter em cativeiro aumentaria ainda mais a sua ira e o seu sangue ferveria como louco, o transformando em mais poderoso que o próprio feitiço que o prendia. Ao se soltar das amarras da eternidade, Angrath jurou ir até os confins do mundo buscar por aquele que se julgou bom o suficiente para o prender em Ixalan.

Sequencias de queimadas de vilas apareceram por toda a costa, Angrath finalmente retornou ao seu lugar, a guerra:

“Cidade grandiosa? Não, isso daqui não passa de outra cela esquálida!”


Nome do Jogador: Vitin
Nome do Deck: Orzhov Vampiro
Estilo do Deck: Orzhov {Preto e Branco}. A estratégia do deck consiste em sugar a vida do inimigo e adicionar a sua, o lamento de seu inimigo é sua força.

Sorin, o Senhor Vampiro Vingativo

Sorin, tem uma vida longa, se é que podemos definir os dias de um vampiro como vida. E por isso seria bastante clichê dizer que seu espírito rancoroso busca pela retaliação por um amor perdido, a típica trágica história de amor verdadeiro. Mas a vida não é como um conto de fadas criado para imaturas crianças. Sorin nunca se apaixonou e muito menos faria tudo por uma mulher, mas talvez, pelo que uma mulher pode te dar.

Ninguém poderia imaginar que um homem sem coração pudesse amar, nem mesmo o próprio senhor dos vampiros. Ele nunca havia entendido o que sentia por aquele ser, que cresceu rapidamente ao lado de sua mãe, uma simples camponesa do sul. Em uma noite, enquanto Sorin as observava ele assistiu o que fora um dos assassinatos mais garbosos feito por uma criança. Sorridente, a pequena garota saiu dançando a luz das estrelas e vestida de vermelho sangue. Naquele momento, o senhor dos vampiros sentiu algo que nem sabia ter. Seu coração. E por um arrebatador som de batimentos ele se aproximou daquela criatura híbrida e propõe se como genitor.

E depois daquela noite, os dias do senhor dos vampiros se tornaram mais movimentados e repletos de um sentimento que ele não poderia descrever. Criar outro vampiro nunca havia passado por sua cabeça, e isso tornara tudo uma aventura maior ainda. Porém, como pode-se imaginar, o senhor dos vampiros tem muitos inimigos e um dos maiores deles, Ugin, o Dragão Espírito.

O espírito estava atormentado pela sede do sangue de um senhor parasita, e por isso atacou o grande castelo em uma noite enevoada, e covardemente assassinou a pequena vampira, Sorin ajoelhou-se em meio ao sangue derramado e profetizou seu feitiço:

“Então aqui está você, Ugin. Os cadáveres de mundos inteiros se juntarão a você no túmulo!”

E naquele momento, Sorin jurou jamais descansar sem destruir até o último resquício de alma daquele dragão. Ǫuando o finalmente aniquilou, com suas últimas forças soltou o feitiço final:

“Guarde com carinho esses últimos momentos. Embora sua vida miserável tenha sido insignificante, eu lhe proporcionei um final magnifíco.”


Nome do Jogador: Raul
Nome do Deck: Enchanted Evening
Nome do Planeswalker: R. o arquivista
Estilo do Deck: 4 cores, 200 cartas de encantamentos sortidos

Quem escreve a magia

O que acontece ao final de uma aventura épica, de uma batalha lendária ou uma guerra terrível? Os otimistas vão dizer “e foram felizes para sempre” os realistas vão dizer que as consequências das ações provavelmente alcançaram eles e a morte foi o destino mais provável. A verdade é algo mais mundano. Se você lê as histórias alguem teve que escrevê-las, e é aqui que eu entro. Eu sou um historiador, um recordador, eu percorro o multiverso para recolher histórias que valem a pena serem lembradas, como ensinou minha professora Tamyio, a Sábia da Lua, descanse em paz professora.

Quem eu sou não importa, apesar dos chatos do colégio de história discordarem, dizendo que não existe autor isento. Caros leitores, eu juro que sou tão imparcial aos fatos quanto me convém. O importante é que eu coletei histórias que ninguém ousou ouvir, e que aqui vou compartilhar como eu às consegui.

Devo dizer, coletar contos envolve ouvir a história de diferentes fontes, nunca discriminando quanto às origens delas. Dito isso, é um pouco mais complicado quando suas fontes não têm a disposição natural para uma boa fofoca. Para conseguir um relato de primeira mão dos feitos épicos da planeswalker Kiora derrotando a Deusa do Mar eu tive que ir fundo, literalmente.

Conseguir um encontro com um kraken é relativamente fácil, tudo que você precisa é entrar numa frota de navios e insultar em alto e bom som a Deusa do Mar, normalmente funciona. Se comunicar com o dito kraken também não é difícil, pois a academia Bacon tem vários tomos sobre comunicação com criaturas como o Codex Latinus Caninus e Mil e um assuntos para puxar conversa com seu gato. Não, caros leitores, o difícil é convencer o confuso kraken que o lanche falante na frente dele quer conversar sobre como foi o dia dele. O que eu vou compartilhar aqui pode salvar sua vida numa emergência, então leia com atenção: O truque, para conversar com qualquer criatura que deseje te devorar, é convencer ela que toda refeição é melhor com boa companhia e boa conversa, conseguir o que você quer rápido, sair no meio da refeição enquanto ela está distraída reclamando do dia dela, e estar longe o bastante quando ela perceber que você fugiu. É suficiente saber que estou aqui escrevendo, então eu sobrevivi à entrevista e consegui o relato.

Outro feito digno de nota foi como eu consegui uma cópia das Escrituras Phyrexianas. Literatura horrível essa, terrivelmente lenta de fluir, e um enredo oleoso, mas com um grande valor histórico. A minha brilhante ideia para conseguir esse tomo me veio durante a invasão phyrexiana ao multiverso. Você sabe que dizem que “é mais calmo no olho da tempestade”? Isso incrivelmente foi verdade, o olho da tempestade aqui sendo o plano de Nova Phyrexia. Chegar em Phyrexia foi fácil, havia buracos para lá em toda parte, se você arremessasse uma pedra durante a invasão, chances são que você iria acertar um phyrexiano, eles estavam por toda parte. Uma vez em Phyrexia eu precisei de um pouco de audácia e bastante sorte para subir numa das feras carregadoras de cadáveres e infiltrar os Poços de Dross. Lá dentro ninguém se preocupou em checar a minha identidade, pois nem os phyrexianos acharam que alguém seria insano de invadir a pior prisão do multiverso, no meio de uma guerra, para copiar a góspel mais profana já escrita. Bem, eles estavam errados. Insanidade às vezes compensa. Devo admitir também que o contra-ataque das forças de Zhalfir me deram uma excelente distração para sair de fininho.

Existem tantas outras que eu gostaria de contar, mas temo que meu pergaminho esteja acabando. Peço por fim ao leitor que persevere. Não importa o que você enfrente, tente até o fim. No pior dos casos você pelo menos deixará para traz uma tragédia épica para eu recordar. Cordialmente, R. O arquivista.


E assim você leu todas as histórias! Vote na sua história favorita clicando no link, e torça pelo seu autor preferido!

Quer participar do próximo? Basta se inscrever em um Toicinho, escrever a história, e aguardar o Forms de envio no grupo da Bacon Arcano! Vejo vocês por lá!

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